CICLO POROROCA
Tempo líquido x tempo suspenso
Debate dos filmes Deserto Azul, de Eder Santos Júnior, e Stalker, de Andrei Tarkovsky, com a participação de Anton Dolin, Eder Santos e Mônica Cerqueira.
15h
CICLO POROROCA
Água: Substantivo Feminino
17h
Com a participação de Celeste Estrela, Ísis Ferreira, Monik Ellen e Dilma Silva e Souza.
Mediação: Lidi Lobo.
Quantas águas correm no corpo da mulher até que uma vida se forme? A mulher, enquanto corpo-matéria, é própria água geradora da vida que navega como rios e mares. A água é potência feminina, energia vital e natural que as mulheres embalam, agitam, represam e expelem em seus úteros. A partir destas experiências, as convidadas Celeste Estrela, atriz e poeta, Monik Ellen, ceramista e fotógrafa, Ísis Ferreira, cantora e compositora e Dilma Silva e Souza, enfermeira obstetra do hospital Sofia Feldman conversarão sobre o movimento de humanização do parto, que nada mais é do que a busca das mulheres por um parto respeitoso, no qual ela possa exercer o protagonismo deste evento humano e fisiológico.
MÚSICA
Almeida Prado (1943 - 2010):
-Da Carta de Pero Vaz de Caminha
I - Primeira visão da terra
II - O Monte Pascoal
III - Os selvagens
IV - Silvestre: as matas, as orquídeas, os pássaros e as fontes
V - A paixão da terra
VI - O mistério fantástico
VII - A ilha de Vera Cruz
Oliver Messiaen (1908 - 1992):
-Harawi (Canto de amor e de morte)
I - La ville qui dormait, toi (A cidade que dormia, tu)
II - Bonjour toi, colombe verte (Bom dia, pomba verde)
III - Montagnes (Montanhas)
IV - Doundou Tchil
V - L'amour de Piroutcha (O amor de Piroutcha)
VI - Répétition planétaire (Ensaio planetário)
VII - Adieu (Adeus)
VIII - Syllabes (Sílabas)
IX - L'escalier redit, gestes du soleil (A escada se repete, gestos do sol)
X - Amour oiseau d'étoile (Amor pássaro estelar)
XI - Katchikatchi les étoiles (Katchikatchi as estrelas)
XII - Dans le noir (No escuro)
Músicos:
Eliane Coelho, soprano
Alma Liebrecht, trompa
Sofia Leandro, violino
Gustavo Carvalho, piano
20h30
Concerto III
27 novembro a 6 dezembro 2020
SESI Centro Cultural Yves Alves
10h às 19h
Ficha técnica:
Concepção: Lucimélia Romão
Performer: Lucimélia Romão
Trilha Sonora: Matheus Correa e Lucimélia Romão
Produtora Executiva e Biológa: Liliane Crislaine
MIL LITROS DE PRETO: A MARÉ ESTÁ CHEIA
O primeiro tiro fere, o segundo tiro causa dificuldade de respirar e o terceiro mata! Então, para que serve o quarto? O quinto? O sexto? O sétimo? O oitavo? O nono? E o décimo tiro?
A maré está cheia. Cheia de balas. Cheia de corpos. Cheia de corpos negros atravessados pelas balas! Transborda dor, transborda morte. Transbordam lágrimas dos olhos das mães periféricas, aquelas mães que sabem que colocaram seus filhos no mundo para serem alvejados pelo estado e pela polícia racista brasileira. É nesse cenário estratégico de abandono que o estado mantém a população negra, em condições sub - humanas.
Um corpo. Mudo. Estarrecido. Crivado de dor e sangue. Sete litros. Sete litros de sangue que escoa de cada corpo, enquanto a vida se esvai, a cada 25 minutos, enchendo assim uma piscina de mil litros em cerca de 59 horas.
O genocídio da juventude preta é a política base do estado para com os negros brasileiros desde a escravidão. O extermínio é iminente. Tática de guerra travada contra um povo que nunca teve direito e condições de lutar de igual para igual. Matam-se crianças, adolescentes e jovens. Diminui-se a expectativa de vida. Estupram-se mulheres, crivam de balas seus filhos.
EXPOSIÇÃO | PERFORMANCE
CINEMA
FILMES DISPONÍVEIS
Confira os dias e horários de cada exibição
FICÇÃO
A despedida (Proschanie) | Larissa Shepitko / Elém Klimov
Deserto Azul | Eder Santos
Stalker | Andrei Tarkovski
Hotel Mekong | Apichatpong Weerasethakul
DOCUMENTÁRIOS
Filhas de lavadeiras | Edileuza Penha de Souza
A última volta do Xingu | Kamikia Kisedjê, Wallace Nogueira
Cidade submersa | Caetano Dias
A cura do rio | Mariana Fagundes
Água de plantar (Ciclo da Água – 4 episódios )
ANIMAÇÃO
A Sereia (Russalka) | Alexander Petrov
O velho e o mar (Starik e more) | Alexander Petrov
Os navios dos tempos passados (Korabli proshlikh liet) |
Yuri Bogusslavski