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NOV - DEZ

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25 NOV - 5 DEZ 2021

MÚSICA

Concerto de Abertura

ARTES VISUAIS

Brasil, Hy-Brasil

Eduardo Hargreaves

Água que somos

LITERATURA

Sagatrissuinorana

Porque todo conto pode ser contato a vera

Nelson Cruz e João Luiz Guimarães

Concerto de Abertura
Concerto de abertura

Cristian Budu e Gustavo Carvalho, piano

25 novembro a 30 dezembro 2021
Igreja São João Evangelista - Rua Padre Toledo, 242
19h30
R$ 40 | R$ 20 (meia-entrada)

Wolfgang Amadeus Mozart
Sonata para piano a quatro mãos em Ré Maior
K. 381

Allegro / Andante / Allegro molto


Franz Schubert
Fantasia em fá menor D. 940

Johannes Brahms
Valsas op. 39

Franz Schubert
Divertimento all'ungherese D. 818

Brasil, Hy Brasil
​Brasil, Hy-Brasil

Eduardo Hargreaves

25 novembro a 30 dezembro 2021
SESI Centro Cultural Yves Alves
10h às 18h

As reflexões acerca das relações de pertencimento territorial, geográfico e cultural ocupam um espaço central no processo criativo do artista visual mineiro Eduardo Hargreaves. De que forma as subjetividades decorrentes dos processos do colonialismo e do neocolonialismo interferem na construção do espaço e  do lugar do próprio indivíduo, assim como de um povo e de uma nação?

O conjunto de obras que compõem a exposição Brasil, Hy-Brasil transgridem as convenções que regem a cartografia para apresentar um território em perene construção e desconstrução, rizomático, desafiando-nos a reconsiderar o território graças à presença do arbitrário como terreno para a partilha do sensível. A fluidez presente nas imagens de Hargreaves realçam a negação como resultado das (rel)ações exploratórias e extrativistas que, aos poucos, vão consumindo as paisagens, relevos e os pontos de referência subjetivos. Dormentes que outrora testemunharam o transporte desses lugares na ávida busca pelo desenvolvimento, sustentam no espaço expositivo imagens estendidas como bandeiras, demandando-nos envolvimento a fim de atravessar as diversas camadas das montanhas de minas que cercam e norteiam o nosso cotidiano para (r)estabelecer uma conversa direta com a força simbólica e flagrante das montanhas de Minas. Um labirinto de imagens é oferecido ao olhar. Uma extensão sensível do reino da visão, onde a aparição dos elementos é objeto de uma constante dualidade entre o que podemos ou não reconhecer. No entanto, na intenção de fazer existir próximo de si aquilo que ao longe escoa, Hargreaves não se esquiva da confrontação com a decepção. Por meio de uma construção godardiana, percorre os gélidos cômodos da memória no desejo de vislumbrar a sua dissolução, alcançando novas paisagens através do apagamento. Nesse processo, não há coincidência entre a localização de um território cujo mapa consultamos e a imagem mental que surge em nós à chamada de seu nome como sedimento depositado na nossa memória.

 

A fronteira entre a não-paisagem concreta e pública e a paisagem abstrata e privada é constantemente modificada e, nesse espaço intersticial, imiscui-se a criatividade. A refinada cromia e a visceralidade dos traços do artista criam uma impressionante topografia emocional, porta aberta rumo ao imaginário criativo e sensível. Na paisagem contemporânea, muitas vezes reduzida a um repositório de vidas e memórias camuflado sob uma não paisagem, a obra de Eduardo Hargreaves incita-nos a uma relação proxêmica trajetiva e sugere ainda a necessidade de reconstrução de uma cartografia sensível face ao horror da paisagem que nos cerca.

Luiz Gustavo Carvalho, curador

Água que somos
Água
que somos
25 novembro a 5 dezembro 2021
Sobrado Quatro Cantos
10h às 18h

Imagem, palavra, ser e gesto. A água como pele. Corpos – universos; cada qual carregando seu oceano de saberes. Olhares que narram a história da cartografia hídrica, da memória da água. Através da poética do desenho confluem os cursos de nossos rios interiores. A linha como expressão e linguagem, tradução gráfica de estruturas que vertem um pensar. Corpo é água – somos corpo, água que somos.

 

Os presentes trabalhos nascem de uma confluência de desejos: desvelar, como primeira morada, o corpo humano e sua composição. Esse corpo que narra nossa vida, atravessa espaços para, a partir das margens, interpretar, reordenar e lançar novas propostas para construir – ou desconstruir – a cultura, a cidade, as formas de interação com os recursos naturais e com outros seres que habitam esse planeta azul.

 

Realizados pelas crianças, adolescentes e adultos participantes da Ação Cultural Artes Vertentes, os trabalhos aqui expostos registram um olhar subjetivo sobre tais corpos: as águas e seus movimentos, visualidades e invisibilidades. O traço que delimita cada universo, constrói espaços para reflexões confluentes em conhecimento e autoconhecimento. O próprio corpo desenhado delineia-se como mediador do diálogo com o externo, registra e instiga o pensamento e a percepção sobre o que nos cerca. A fluidez da nossa interioridade espelha a relação do sujeito com o mundo. A partir desse novo olhar, de fluxos artísticos, memórias e reflexões, através do traçado de tintas sob um papel, entendemos que é preciso que cada ser viva e conte suas histórias pelos afetos que lhe constituem.

Ísis Bey e Ísis Alcântara, Curadoras e arte-educadoras
da Ação Cultural Artes Vertentes

Sagatrissuinorana

A programação da 10ª edição do Festival Artes Vertentes recebe os autores João Luiz Guimarães e Nelson Cruz para uma conversa sobre o livro Sagatrissuinorana, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria livro do ano. Sagatrissuinorana, um (re)conto à moda roseana, revisita a história dos três porquinhos, mas tendo como pano de fundo as desastrosas relações mantidas entre homem e a natureza. “Às vezes - dizem os autores -, o homem pode ser o lobo do lobo.”

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