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ARTES VISUAIS
Abertura da exposição Cobra Norato
ARTES VISUAIS
Abertura da exposição Benjamina
ARTES VISUAIS
Entre costas duplicadas desce um rio
CICLO POROROCA
De onde vem tanta água, compadre?
A percepção do H₂O em diversas cosmovisões
MÚSICA
ARTES VISUAIS
Abertura da exposição Cobra Norato
Marilda Castanha
10 fevereiro 2022
Centro Cultural Yves Alves
R. Direita, 168
17h
Gratuito
Qual seria o mundo de Cobra Norato hoje? Como seria viver na pele da Cobra em um rio poluído? O que Honorato diria ao ver como tratamos hoje os nossos rios? E este tanto de água (do mundo de Honorato) tem início e fim?
Cobra Norato, personagem incontornável do patrimônio imaterial brasileiro e protagonista da presente instalação, representa uma possibilidade de traçar reflexões (cada vez mais urgentes) sobre a água e sua respectiva preservação, dando visibilidade à riqueza da sabedoria popular. Movida pela mesma crença na confluência entre a arte e a conscientização no contexto de diferentes infâncias, a artista visual e ilustradora Marilda Castanha convida as crianças, adolescentes e adultos da Ação Cultural Artes Vertentes para imergir num processo criativo, realizado em diferentes períodos de residência artística entre novembro de 2020 e dezembro de 2021.
A mostra apresenta uma síntese do que foi contemplar o universo de Cobra Norato. O mito e o poema épico e ícone modernista de Raul Bopp foram importantes pontos de partida nesse processo criativo que aos poucos materializava este “mundo de água” através de tintas, pincéis, lápis e papel. No entanto, na tentativa de se apoderar do mundo ao invés de reduzi-lo, a energia criadora das crianças logo irriga o papel e demanda circulação, seguindo a lição antropofágica de Oswald de Andrade. “Viveria Norato no Rio das Mortes?”, perguntavam. “Vamos entrar na pele da cobra?”, propôs Marilda. Entraram. E fizeram do corpo rastro do gesto.
Cores, pontos, linhas e texturas se metamorfoseiam num constante desfile colorido, vibrante, expressivo e plural de peixes, algas e seres aquáticos. Com sensibilidade e criatividade, os artistas legam-nos uma espécie de gramática visual, fonte à qual sempre deveríamos retornar para que não nos afastemos da concretude da nossa própria existência. Assim, entre formas visuais e sonoras, o olhar atento que observa o rio da serpente e da água — que é o mesmo fluir da vida —, desemboca noutro modo de ver e pensar a vida e o nosso caminhar dentro e fora da pele.
A presente instalação não almeja fornecer respostas aos inúmeros porquês que, por séculos, nos recusamos ouvir, escondendo-nos sob o pretexto do des-envolvimento. Ao contrário, traz perguntas feitas pelas vozes cuja escuta se faz urgente: as crianças. Convidamos-lhe a penetrar este micro universo imaginário, morada de Cobra Honorato, mas também de Monique, Ana Clara, Lavínya, Henrique, Isabelle, Ana Paula, Clara, Francisco, Heitor, Samuel, Flora, Gustavo, Greice, Matheus, Laura, Carol, Manuela, Juvenal, Lorraine, João, Rafael, Olívia, Camilly, Wandernilson, Arielle, Gabriela, Lorena, Miguel, Maria, Pedro, Demétrio, Vicentina, Águida e Jussara — morada do desejo de distintas gerações que aqui se reuniram com o desejo de despertar, através da arte, um movimento de mudança, de reconstrução do lugar onde vivemos.
Curadoria
Marilda Castanha, Ísis Alcântara, Ísis Bey e Luiz Gustavo Carvalho
Período expositivo
11 fev | 08 mar 2022
de 09h às 19h
ARTES VISUAIS
Abertura da exposição Benjamina
Nelson Cruz
10 fevereiro 2022
Centro Cultural Yves Alves
R. Direita, 168
17h
Gratuito
Ficus Benjamina. Árvores que por décadas ornamentaram a avenida Bernardo Monteiro, em Belo Horizonte, como tema. Ficus Benjamina. Árvores centenárias ceifadas e expostas publicamente como expostos foram os restos mortais do Tiradentes.
Diante de um punhado de árvores decepadas, galhos retorcidos apontando em várias direções, os Ficus Benjamina encenaram pedidos de socorro, verdadeira sinfonia de adeus. O socorro que não veio e, caso viesse, não chegaria a tempo. Como não chegou. Ao vê-las a sensação de derrota é no mínimo entristecedora. Por que, silenciosamente, o meio ambiente perde sempre? Fazendo-me essa pergunta, tive a ideia de reproduzi-las, ou o que delas sobrou, pintando-as em caixas de papelão, papel considerado rejeito, lixo. Em seguida, procurei a ASMARE (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Belo Horizonte. Selecionei e adquiri várias caixas de papelão. Rasguei-as, segundo a minha indignação, e sobre elas reproduzi com nanquim e tinta acrílica, os Ficus, seus frutos e folhas. Reproduzi aquelas árvores, improvisando gestualmente sobre os elementos gráficos e os símbolos industriais impressos nas caixas de papelão. Transformaram-se no suporte para a manifestação do que senti ao ver a coreografia macabra que aqueles troncos exibiam em plena rua de BH. Das caixas, ainda recolhi 143 palavras com as quais organizei o poema que acompanha as pinturas apresentadas nessa exposição e que formam o livro homônimo Benjamina. Literário ou não, o poema é duro como a indignação que senti quando vislumbrei, encenada ali naquela rua, a sua, a minha, a nossa derrota enquanto espécie.
Curadoria
Luiz Gustavo Carvalho
Período expositivo
11 fev | 08 mar 2022
de 09h às 19h
ARTES VISUAIS
Abertura da exposição Entre costas
duplicadas desce um rio
10 fevereiro 2022
Sobrado Quatro Cantos - R. Direita, 5
Sobrado Ramalho - R. da Câmara, 124
Museu Casa Padre Toledo, R. Padre Toledo, 158
17h
Gratuito
Demóstenes Vargas, François Andes, Guilherme Gontijo Flores,
Laura Belém, Mari Mael, Marlon de Paula, Nelson Ramirez de Arellano, Pedro Motta e Rick Rodrigues
Através da fotografia, do desenho, de instalações audiovisuais e instalações in situ, a exposição "Entre costas duplicadas desce um rio" apresenta uma reflexão sobre o H₂O e as relações mantidas entre o homem e a natureza. As obras de Demóstenes Vargas, François Andes, Guilherme Gontijo Flores, Laura Belém, Mari Mael, Marlon de Paula, Nelson Ramirez de Arellano, Pedro Motta e Rick Rodrigues ocupam três prédios do centro histórico, além de integrar espaços diretamente ligados ao elemento água em Tiradentes, tais como o Rio das Mortes, o Ribeiro Santo Antônio e o Chafariz São José.
Curadoria
Luiz Gustavo Carvalho
Período expositivo
10 | 20 fev
de 10h às 18h (Sobrado Quatro Cantos e Sobrado Ramalho)
de 10h às 17h (Museu casa Padre Toledo)
CICLO POROROCA I
De onde vem tanta
água, compadre?
A percepção do H₂O em diversas cosmovisões
10 fevereiro 2022
Centro Cultural Yves Alves
R. Direita, 168
18h30
Gratuito
Uma reflexão sobre a percepção do elemento água em diferentes cosmovisões, com a participação da artista visual, ilustradora e autora Marilda Castanha e o escritor Daniel Munduruku.
MÚSICA
Concerto de abertura
10 fevereiro 2022
Matriz de Santo Antônio
R. Padre Toledo, 2
21h
R$ 40 | R$ 20 (meia-entrada)
Heitor Villa-Lobos
(1887 - 1959)
- Manhã na praia
- Tarde na Glória
- Solidão
- Tristeza
- Tempos atrás
- Sertão no estio
- Festim pagão
André Mehmari
(1977)
Suíte brasileira (2017)
- Prelúdio
- Choro-Canção
- Frevo
- Valsa brasileira
- Baião
Improvisações
Músicos
Eliane Coelho, soprano
Catherine Carignan, fagote
Gustavo Carvalho, piano
André Mehmari, piano