Programação 2024
SETEMBRO
Clique nas datas para acompanhar a programação diária do festival.
17h
ARTES VISUAIS
Alcino Fernandes: Você disse que sabia amar
Centro Cultural Yves Alves
Rua Direita, 168
Gratuito
Período expositivo: 19 a 29 de setembro
Você disse que sabia amar apresenta pela primeira vez em Minas Gerais a produção artística de Alcino Fernandes, que perpassa pelos ofícios da dor como mecanismo de memória, bem como por seus desdobramentos e esquecimentos no presente. A sensação de crueza da carne e a densidade dos silêncios entre manchas de pintura e espaços vazios sobre o papel kraft ecoam diretamente as vivências de seu corpo racializado. Nesse sentido, a obra do artista potiguar propõe costuras entre os aparelhos da dor e sua antítese, que é um corpo que contesta.
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Curadoria: Luiz Gustavo Carvalho
17h
ARTES VISUAIS
Alcino Fernandes - Residência Artística Festival Artes Vertentes & Instituto Rouanet
Instituto Rouanet
Rua Direita, 248
Gratuito
Desde a sua criação, o Artes Vertentes aposta nos momentos de encontro com o Outro como uma oportunidade única no processo criativo de cada artista. Ao longo das doze últimas edições, as residências artísticas fomentadas pelo festival resultaram em estreias musicais, se desdobraram em livros, proporcionaram encontros artísticos e humanos.
Com uma produção que explora fricções entre violência-sutileza e densidade-vazio, Alcino Fernandes atravessa a dor como ofício de memória e esquecimento. Nas palavras do artista, é apenas com o recurso da memória que suas pinturas nascem, dando vazão para sensações e narrativas que por muito tempo seguiram infrutíferas.
"Em períodos de residência artística, aposto na riqueza colaborativa das afetações, da multiplicidade do fazer que, mesmo com sintomas distintos, encontram-se em frestas. Há uma subversão para iniciar também a busca por esse sintoma, não apenas perseguido por ele. É uma possibilidade de montar espelhos com fragmentos, costurar mantas com farrapos, dizer que um Todo são unidades de outros. É importante entender como aglutinar memórias."
Alcino Fernandes
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Período expositivo: 19 a 29 de setembro
17h
ARTES VISUAIS
Silêncios dos exílios
Quatro Cantos Espaço Cultural
Rua Direita, 5
Gratuito
Entrelaçando a escrita e a fotografia, a exposição Silêncios dos exílios questiona a migração por meio da linguagem e da imagem através de um trabalho desenvolvido pela poeta Marina Skalova e a fotógrafa Nadège Abadie entre 2016 e 2019, com a participação de quase cem pessoas que chegaram à Suíça há menos de dois anos, vindas do Afeganistão, Iraque, Irã, Síria, Eritreia, Guiné, Senegal e outros países da África e do Oriente Médio.
Como escrever em um idioma no qual você é mudo? Como (d)escrever memórias e paisagens a partir do silêncio imposto pelo exílio? A ausência de informações nas imagens é acompanhada pela experiência de uma linguagem repleta de buracos e silêncios no espaço expositivo. Juntos, têm o mesmo objetivo: dizer algo sobre a fala e sua ausência, sobre a incapacidade de dizer, sobre o silêncio e a mudez.
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Período expositivo: 19 a 29 de setembro
Artistas: Marina Skalova e Nadège Abadie
Curadoria: Luiz Gustavo Carvalhoo
17h
ARTES VISUAIS
Leonilson: Na cor dos lábios do meu amor
Centro Cultural Yves Alves
Rua Direita, 168
Gratuito
A exposição Leonilson: Na cor dos lábios do meu amor é composta por desenhos, pinturas, objetos e instalações, e apresenta ao público o universo criativo de um nome incontornável da arte brasileira, cuja obra explora temas distintos, com os últimos dez anos de produção marcados por uma obra com forte cunho autobiográfico. Leonilson percorre o limiar entre o dito e o silenciado, dialogando seu fazer artístico com suas vivências enquanto soropositivo.
“Começo a fazer um trabalho, tenho uma ideia do que eu quero fazer, mas o trabalho vai se desenvolvendo conforme eu vou trabalhando, é o exercício do fazer a coisa. E você vai construindo até que chega numa coisa e aquilo é um exercício: é isso o trabalho de arte”, afimou certa vez o artista cearense. Ressaltando a perene poiesis que acompanha o universo criativo do artista cearense, a exposição apresenta também uma série de instalações, criadas originalmente em duas exposições, no Centro Cultural São Paulo e no Parque Lage, no início da década de 1990, e reeditadas aqui em parceria com o Projeto Leonilson.
Com o desejo de evocar também o impacto de Leonilson na arte contemporânea, o Artes Vertentes propõe um diálogo entre sua obra e a produção de outros artistas presentes em Tiradentes durante a 13ª edição do festival.
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Período expositivo: 19 a 29 de setembro
Curadoria: Ricardo Resende e Luiz Gustavo Carvalho
17h
ARTES VISUAIS
Gente que somos... apenas gente
Galeria do IPHAN
Rua da Câmara, 124
Gratuito
Período expositivo: 19 de setembro a
13 de outubro
Cara a cara, frente a frente. É no encontro com o outro que nos reconhecemos. Em meio à multidão, por mais que as individualidades pareçam diluídas, cada pessoa carrega um universo em si própria. Com essa perspectiva, a exposição Gente que somos… apenas gente propõe a confluência de processos criativos de diferentes tempos, espaços e idades, desenvolvidos por crianças, adolescentes e adultos durante as oficinas de Artes Visuais, Cerâmica e Fotografia promovidas pela Ação Cultural Artes Vertentes em Tiradentes – um terreno fértil para a troca, a construção coletiva e o fortalecimento do sentimento de comunidade.
Nas aquarelas que acompanham a videoarte Gente, as emoções transparecem em uma paleta de cores e expressões que capturam o sentir em sua forma mais pura. Nelas revela-se o gesto das crianças que traduz emoções em imagens, moldando histórias, definindo caminhos e recordando-nos que nossas vulnerabilidades são também nossas potências. Esse sentir nos humaniza, permitindo-nos amar, sofrer, criar e transformar.
Enquanto na fotografia a inteligência artificial é apenas uma ferramenta para recriar e costurar mundos possíveis, imaginando e inventando imagens de infância para mulheres que nunca haviam se visto em suas primeiras memórias, os trabalhos de cerâmica incita-nos à escuta ativa e atenta, reforçando a importância da oralidade como forma de reconhecer e acolher o outro. No espaço expositivo, os potes-corpos (trans)portam memórias, vivências e sentimentos.
Nestes espaços/tempos florescemos com nossas identidades plurais. Sem esquecer de narrar nossas lutas e trajetórias, a criação nos proporciona a transformação da realidade e a expressão de corporeidades, afetos e territorialidades, conectadas através da coletividade. Criar juntos torna-se um ato de resistência e superação. As marcas deixadas por cada encontro proporcionado pela Ação Cultural Artes Vertentes se manifestam aqui através de formas, texturas, cores, objetos e palavras, mantendo vivas nossas experiências. Esta exposição é um convite à interação que nos impulsiona a uma constante redefinição da nossa identidade a partir do Outro, confrontando diferentes contextos e ampliando nossas perspectivas sobre o mundo.
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Artistas
Artes Visuais
Águida Veloso, Ana Beatriz Expedita de Freitas, Ana Júlia Faria, Ana Paula Trindade da Silva, Ana Victória Matias Reis, Antonio Massi Cardoso Guimarães, Arielle Flauzino Reis, Ayla Victória da Silva Dias, Camilly Victória Faria, Carolina Da Cruz Gonçalves, Davi Lucas de Oliveira Silva, Evaldo Trindade Vieira, Ezequiel Marcos da Silva Santos, Hannah Victória Silva Sousa, Henrique D’Assunção, Indyannara Sophia da Silva, Isabella Faria dos Santos, Isabelle Aparecida Silva Rosa, Juvenal Santos, Laura Alvim de Assunção Fajardo, Lyra Ballesteros Pacheco, Maria Alice Matias Reis, Maria Fernanda Cândido da Silva Machado, Maria de Fátima Silva Paiva, Matheus Augusto dos Santos Silva, Miguel Marcos da Silva Santos, Natanael Marcos da Silva Santos, Nathan Emanuel Santana Silveira, Nayane Emanuelly Santana Silveira, Pedro Henrique da Silva, Saulo Scardua Daudt, Venâncio Augusto Matias Carvalho, Vicentina Trindade, Wandernilson Barbosa Evangelista
Orientação: Ísis Alcântara e Ravi Freitas Azevedo
Fotografia
Abadia Maria da Costa, Andréia A. M. Laurindo, Ana Sobral, ngela Firmino Dias, Carmem Lúcia, Daniela Souza, Eliana Santos, Ermínia de Nascimento, Maria Lúcia da Paz, Maria Silvia Gomes, Maria Sônia Úrsula Silva, Marisa Malta, Odília Paineira de Freitas, Regina Celi Santos da Silva, Rose Ellen dos Santos Silva, Valéria Cerqueira, Vilma da Silva, Zélia Marta de Oliveira
Orientação: Natália Chagas
Cerâmica
Andreia Aparecida Martins Laurindo, Cleusa da Silva Nascimento, Denise Lopes da Silva Sandin, Helena Augusta da Silva, Josiani Terezinha de Lima, Margareth Pereira Silva, Maria Auxiliadora da Silva, Maria Francisca Serpa, Meire Jesus de Souza Rodrigues, Maria Lopes do Nascimento Silva, Maria Maísa Silva Ribeiro, Maria Sônia Úrsula Silva, Vera Lucia da Silva, Maria Silvia Gomes Oliveira
Orientação: Mailza Bernard
18h30
Abertura
Abertura do Festival Artes Vertentes
Centro Cultural Yves Alves
Rua Direita, 168
Gratuito
Abertura oficial da 13ª edição do Festival Artes Vertentes. Apresentação do Coro VivAvoz e do coro Vozes da APAE.
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Gente
Artistas
Águida Veloso, Ana Beatriz Expedita de Freitas, Ana Paula Trindade da Silva, Arielle Flauzino Reis, Ayla Victória da Silva Dias, Camilly Victória Faria, Carolina da Cruz Gonçalves, Davi Lucas de Oliveira Silva, Ezequiel, Marcos da Silva Santos, Hannah Victória Silva Sousa , Henrique D’Assunção, Indyannara Sophia da Silva, Isabella Faria dos Santos, Isabelle Aparecida Silva Rosa, Juvenal Santos, Luiz Miguel Vieira Reis, Maria Fernanda, Maria de Fátima Silva Paiva, Maria Rita Vieira Matias, Miguel Marcos da Silva Santos, Natanael Marcos da Silva Santos, Pedro Henrique da Silva, Vicentina Trindade, Wandernilson Barbosa Evangelista
Direção de Arte: Ísis Alcântara
Arte Educador: Ravi Freitas Azevedo
Coro VivAvoz e Coro Vozes da APAE
Regência: Angelina Castro e Victor Sousa
Correpetição: Victor Sousa
21h
Música
Cátia de França: No rastro de Catarina
Palco Artes Vertentes
(Largo de Sant´Ana)
Rua da Cadeia, s/n
Gratuito
“No Raso da Catarina
O que vejo é nossa sina
Enxergo a caatinga
Branco hospital”
É com um jogo de palavras a partir deste trecho de sua canção autoral Quem vai, quem vem, presente no disco 20 palavras ao redor do sol, que a emblemática Cátia de França apresenta, no show No rastro de Catarina, um universo poético e sonoro múltiplo que incluem composições inéditas, escritas ao longo de seus 77 anos de vida: desde um de seus primeiros poemas de amor, Indecisão, escrito quando tinha 14 anos de idade e só agora musicado, ao mergulho em sua velhice com Malakuyawá, cantando sobre seus cabelos brancos, veias aparentes e sorriso sem dentes. Através de músicas que abordam, entre outras temáticas, sua veia política e a identidade negra, além da forte característica da referência literária em sua arte, No rastro de Catarina apresenta canções que, como crônicas, contam-nos o mundo através das lentes fascinantes de Cátia de França.
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Músicos
Cátia de França, voz e violão de nylon
Cristiano Oliveira, viola, violão de nylon e violão de aço
Marcelo Macêdo, guitarra e violão de aço
lma Virgínia, baixo acústico, baixo elétrico e fretless
Beto Preah, bateria e percussão
Chico Correa, sintetizadores e samplers
Gláucia Lima, vocais
Dina Faria, direção artística